domingo, julho 18, 2010



Resposta ao monitor da Ciclo faixa do cruzamento da H. Pellegrino com a Santo Amaro

Hoje, quando você atenciosamente perguntou sobre nossa percepção em andar pela primeira vez de bike em São PAulo, e disse pra depois te contar, pensei:
"mas como vou te contar se não vou mais te ver?"
Oras...

Não posso dizer que de bike pude reparar nos comércios, nas flores e nas propagandas mais do que quando estou de carro, por que de carro é tanto trânsito, demora-se tanto a percorrer um quarteirão, que dá tempo e olhar muuuita coisa. Portando, ao contrário do esperado, de bike tudo passou mais rápido!

Por outro lado, nessa condição a gente vê com detalhes as irregularidades do chão. Os buracos e as gotas de asfalto escorrido que nos fazem desviar, parar...
De bike dá pra sentir o clima: o vento frio batendo, o sol fraquinho esquentando...
Pedalando não dá pra fechar o vidro pra abafar o som. Não dá pra se isolar do resto do mundo.
De bicicleta meu mundo é até onde a vista alcança e não até onde os contornos do carro alcançam.

E não seriam essas percepções as mesmas de quando eu andava em Campinas, diariamente, de bicicleta, ou de quando se anda horas a pé?
Sim. Perecem que são as mesmas. Entre São Paulo e Campinas não muda. São PAulo é mais caótica, mais movimentada, mas me perece que as percepções são exatamente as mesmas.

O caminho é que foi inverso: em Campinas era um mundo enorme que se diminuia, e aqui em São Paulo é o mundo pequeno que um dia ou outro se vê grande.

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