Tive a ilusão de que comigo seria diferente. Que sentaria na
frente do computador e os capítulos viriam assim tão rápido quanto a rolar da
timeline do Facebook. Que sentaria na minha mesa bonita e organizada do Home
Office, com uma caneca estilosa de café acomodada do lado esquerdo moleskine e
teria até dores nos pulsos de tanto digitar.
Na verdade,
estou escrevendo minha dissertação de mestrado. As vezes acho que tenho coisas incríveis a escrever, que irei até sair nos jornais e no jornal da UNICAMP, na sessão “acadêmico” do Nexo. As vezes acho que não servem para nada. As vezes acho que meu método de escrever é ótimo, é assim mesmo, tópicos, idéias macro para não perder o fio da meada.... e..... perco... mesmo assim.... e não anda... nem macro... nem micro...
estou escrevendo minha dissertação de mestrado. As vezes acho que tenho coisas incríveis a escrever, que irei até sair nos jornais e no jornal da UNICAMP, na sessão “acadêmico” do Nexo. As vezes acho que não servem para nada. As vezes acho que meu método de escrever é ótimo, é assim mesmo, tópicos, idéias macro para não perder o fio da meada.... e..... perco... mesmo assim.... e não anda... nem macro... nem micro...
Meu orientador acabou de me responder sobre a versão que
enviei a ele. Meu e-mail tinha quatro parágrafos, um anexo de 50 páginas e uma
página de instruções.
O dele, dois parágrafos.
É, de fato, uma pessoa sucinta.
Tento
decifrar as poucas palavras: retorno e releio diversas vezes e busco uma pista,
uma solução para a minha desmotivação.
Sempre quis ser escritora, dessas de livro de crônica, mas acho
que não quero mais não.
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